8/20/2010

O Liberal: Rodoviários denunciam pressões feitas por empresas da Grande Belém


Edição de 19/08/2010

AMEAÇAS - Sindicalistas falam que motoristas são obrigados a virar serviço cansados

Funcionários da empresa de transportes coletivos urbanos de Marituba/ Belém Autoviária Paraense Ltda. reivindicam seus direitos, que eles afirmam estarem sendo violados pela empresa. Reginaldo Cordeiro, diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Empresas de Transportes de Passageiros nos Municípios de Ananindeua e Marituba (Sintram) Pará, disse que os cobradores e motoristas são obrigados a virar o serviço. O não cumprimento lhes torna alvos de retaliações e até demissão.

"Segunda-feira mesmo um colega foi demitido, porque não conseguiu cumprir as sete horas que a empresa o escalou para fazer no domingo; ele passou mal no final com cinco horas e duas ele não cumpriu. No dia seguinte foi mandado embora", denuncia o sindicalista. Ele conta que a empresa utiliza artifícios de repressão para obrigar os funcionários a cumprir as horas extras. "Eles mudam de turno e transferem se a pessoa se recusar a virar serviço", afirma. Reginaldo diz mais, que as horas não são pagas em folha, e que o trabalho é pago em uma folha à parte não contando assim para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

O representante do Sintram disse que já entrou com recurso no Ministério Público pela terceira vez, mas o órgão ainda não deu deferimento. No texto do documento, Reginaldo reescreveu a frase da proprietária da empresa que ele identifica apenas como D. Michele: "Eu quero ver quem é que vai impedir as viradas na minha empresa, se vocês insistirem eu vou botar a Rotam em cima de vocês; é só eu chamar! E vamos ver quem pode mais". De acordo com a descrição do texto, a frase foi dita em tom de grosseria em reunião, proposta pelo sindicato, com a proprietária, para solucionar o problema.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a empresa, mas, não obteve êxito.

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SINTRAM na mídia: Ônibus deixam de circular em Marituba e Ananindeua

Sindicato dos Rodoviários denuncia excesso de horas trabalhadas e desrespeito a acordos

Seria efetivamente paralisação se os rodoviários estivessem descumprindo com suas obrigações. Porém, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram), a empresa Autoviária Paraense estaria forçando seus funcionários a virar serviço e desrespeitando acordos trabalhistas. Por conta disso, ontem à tarde, o Sintram barrou a saída dos rodoviários do turno da manhã que iriam virar serviço à tarde, refletindo na diminuição dos número de veículos que atendem as linhas Almir Gabriel / Ver-o-Peso, Almir Gabriel / Presidente Vargas e Marituba / Iguatemi nas ruas. Juntas, as linhas atendem cerca de 40 mil pessoas.

“Os trabalhadores são obrigados a se submeter às vontades da empresa, caso contrário são demitidos. Nesta semana, por exemplo, mais um funcionário foi demitido. Além de virar serviço todo o dia, não recebem hora extra e vivem coagidos pela chefia”, critica o diretor do Sintram, Reginaldo Cordeiro.

PROCURADORIA

Segundo ele, no último dia 2 de agosto foi encaminhado o terceiro ofício para a Procuradoria Regional do Trabalho da 8ª Região, que ainda não teria tomado providências. Por telefone, o MPT informou que o inquérito das denúncias apresentadas pelo sindicato está sendo apurado pela procuradora Cíntia Nazaré Pantoja Leão. O DIÁRIO tentou contato com o gerente Rubens, da empresa Autoviária Paraense, mas o celular estava fora de área. (Diário do Pará)

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Diário do Pará: Nas ruas, a receita para triturar pessoas

Os motoristas de Belém estão à beira de um ataque de nervos. Tanto é que, segundo o Sindicato dos Rodoviários de Belém, somente no ano passado, cerca de 350 profissionais se afastaram de seus postos por estresse. “É praticamente como se todo dia um motorista se afastasse”, diz o vice-presidente do sindicato, Edilberto Robson. Durante o tempo que ficam sem trabalhar, alguns motoristas procuram tratamento, outros têm a carteira retida pela medicação pesada que passam a tomar e ainda há aqueles que nunca mais voltam à direção.

Não precisa pensar muito para descobrir quais os fatores que influenciam no estado emocional desses trabalhadores. Trânsito cada vez mais caótico, assaltos em maior número, mais violência, vandalismos, pressão por parte das empresas pelo cumprimento de horários e, de quebra, o nervosismo dos passageiros, que muitas vezes descontam no motorista o sofrimento pela lotação e longa espera nas paradas de ônibus. O resultado disso? Muitos profissionais acabam não suportando a rotina sacrificante nas ruas.

Com apenas 34 anos, Edvagner Silva já não vê a hora de se aposentar. Há dois anos na profissão, o motorista que opera na linha Guamá-Pátio Belém disse que não consegue dormir à noite, pensando no dia de trabalho que terá no dia seguinte. Em média, a pressão arterial do trabalhador é de 18 por 10, considerada bem acima do normal. “Tudo me estressa e me tira do sério. Ninguém aguenta mais o trânsito dessa cidade. Só não saio dessa vida porque tenho uma filha para sustentar”, desabafa.

Além do estresse no trânsito, o motorista coleciona marcas da violência no corpo e diz ter perdido a conta de quantas vezes já foi assaltado dentro do ônibus em que dirigia. “Já foi com pau, pedra, revólver, faca... Levei um tiro na barriga só porque pedi para o bandido não levar minha habilitação. Quando ouço qualquer barulho fico desesperado, penso logo que é tiro”.

E ele não é único. Dados do Sindicato dos Rodoviários de Belém revelam que, por semana, acontece uma média de 12 a 15 assaltos nos coletivos. Por mês, eles chegam a 48 casos. Por ano, passam dos 500. “Este ano, entre cobradores e motoristas, já perdemos seis companheiros vítimas de assaltos”, contabiliza o vice-presidente do sindicato.

Há duas semanas os rodoviários fizeram um protesto após o assassinato do cobrador da linha 40 Horas-Ver-o-Peso, Alexandre Max. Em manifestação contra a insegurança, muitos cobradores e motoristas paralisaram suas atividades para acompanhar o velório do companheiro. Eles aproveitaram para denunciar o clima de medo e a violência que os atingem diariamente. (Diário do Pará)
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III Copa SINTRAM


Vai começar a terceira edição da Copa do SINTRAM. Como em todos os anos anteriores, a expectativa é de uma boa competição com grande participação da categoria e das famílias da companheirada. O SINTRAM mostra com esse tipo de iniciativa que a peãozada além de boa de luta em campanha salarial, nas greves e mobilizações, também é boa com a bola no pé. Dessa vez 8 equipes se inscreveram para participar da competição: Guajará Ver o Peso, Paar S. Bráz, Metropolitana, Super Star, Águas Lindas, 40 Horas, Via Loc e Paraense. No dia 13/08 ocorreu o torneio início e o campeão foi o time do Águas Lindas. Nos dias 19 e 20/08, começa o certame. As partidas tem início sempre as 16h, entre Ananindeua e Marituba. A fina locorre no dia 19 de dezembro.

A premiação será

1º Lugar R$ 1000,00 (Mil reais)

2º Lugar R$ 500,00 (Quinhentos reais)

3º Lugar 1 Caixa de Cerveja

4º Lugar ½ Caixa de Cerveja

Troféu para o artilheiro e o goleiro menos vazado



SINTRAM na luta contra a violência

Enquanto seguir o caos social no Pará, continuaremos a ter perdas como a do companheiro Alexandre Max

A violência da qual a maioria da população trabalhadora de nossa cidade tem sido vítima chega a níveis alarmantes. De acordo com dados do Sistema Integrado de Segurança Pública no Estado (Sisp), Belém tem uma média de 4 mortes por dia, tornando-se a segunda capital mais violenta do pais. Tal é a situação que até as linhas de ônibus tem seu trajeto comprometido pela falta de segurança que os trabalhadores rodoviários têm que enfrentar todos os dias. Prova disso foi a recente situação no bairro do Distrito Industrial, onde as linhas não conseguiam chegar ao final do ponto em razão dos constantes risocos de assalto.


No último dia 03/08 os moradores do Distrito industrial, a pedido do SINTRAM, participaram de uma reunião com representantes do DEMUTRAN, com as empresas envolvidas (Barata Transportes e Via Loc) e com a Polícia Militar para buscar uma solução para o impasse. Ficou acordado que para garantir a passagem das linhas para o bairro haveria a constante fiscalização da PM na região.


O caso Alexandre Max: quando um trabalhador é vítima da violência


Comentário feito no site do diário do Pará sobre o assassinato do companheiro:

"A insegurança pública hoje já faz parte da rotina do nosso dia a dia, e quem mais corre risco são profissionais que saem de seus locais de trabalho altas horas da noite e aqueles que precisam chegar cedo também em seus locais de trabalho. Os empresários só pensam nos seus lucros. e se os mesmos colocassem uma condução para buscar os profissionais do primeiro horário, é só uma idéia. Por que hoje é assim: Cada um por si, e Deus por todos"."

(Comentário postado em 28/07 Quarta-feira às 14:37h www.diariodopara.com.br)


O problema da insegurança nos fins de linha não é de hoje. No último dia 27/07, o rodoviário Alexandre Max cobrador da linha 40horas/Ver-o-Peso, foi assassinado nas proximidades da Garagem da empresa de ônibus Viação forte, localizada em Ananindeua.


A categoria da linha 40horas/ver-o-peso, onde rodava Alexandre Max realizou uma paralisação com adesão total. Os rodoviários deslocaram todos os ônibus para acompanhar o velório.


Segundos dados do SINTRAM, a violência contra os rodoviários aumentou em Ananindeua, Marituba e Belém, gerando altos índices de trabalhadores com síndrome do pânico e outros transtornos psicológicos. Nessa mesma semana, outro rodoviário foi assaltado quando saída do trabalho no turno da noite da viação Forte, sofrendo várias agressões. “Há cenas chocantes que a televisão noticia até mesmo em cadeia nacional, como o assalto na BR com os reféns, mas o povo trabalhador, todos os dias, sofre com constantes assaltos e outros crimes que nem mesmo chegam a entrar nas estatísticas policiais”, afirma Marcio Amaral, presidente do SINTRAM.


Para o SINTRAM a causa para tamanhas barbaridades é a crise social que assola o Estado do Pará. “Sem emprego, sem escolas, sem renda, sem saúde pública funcionando, o que esperar dessa massa de excluídos que se aglomera pelas esquinas de nossas cidades? São facilmente atraídos para o mundo do crime. Por isso, em nossa pauta também exigimos políticas públicas para geração de emprego e renda em nossas cidades”, completa Amaral.