4/30/2011

Aumento da passagem este ano está vetado



Em audiência, prefeitura garante que não reajustará a passagem
VICTOR FURTADO - Da Redação
 
Discurso de diretor da ctbel é vaiado pelo público presente
Os resultados obtidos na audiência foram acelerados quando os estudantes e sindicatos ameaçaram ocupar a PMB até que fosse marcada uma nova audiência pública e fosse dada a garantia de que este ano a passagem não seria reajustada. Após a ameaça, o Grupamento de Ações Táticas da Guarda Municipal de Belém (GAT-GMB) foi rapidamente acionado, mas as demandas foram atendidas pacificamente e os grupos se dispersaram.
Diretor Paulo Serra afirmou que a frota de Belém possui 553 veículos novos e que a Ctbel está fazendo operações para tirar das ruas veículos com mais de 10 anos ou sem condições de trafegabilidade. Também ressaltou que Belém tem a tarifa de ônibus mais barata do País. O público riu e vaiou o discurso. "Todo movimento é válido, mas que seja de forma ordeira. Há um representante de estudantes no Conselho Municipal de Transportes. A Ctbel vai continuar com seu papel de fiscalizar. A pesquisa que cobraram está em andamento e não há data para conclusão", disse.

Até mesmo rodoviários foram contra o reajuste e discordaram. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram), Márcio Amaral, denunciou que ônibus com mais de 20 anos estão sendo reformados e colocados em circulação novamente como se fossem novos. As empresas estariam comprando esses veículos usados das regiões Sul e Sudeste. Os veículos também rodam sem extintor de incêndio e sem tacógrafo (dispositivo automotivo que registra o tempo de uso, velocidade desenvolvida e distância percorrida). "Esses 553 novos ônibus não são verdade. Nós, que trabalhamos e usamos esse sistema diariamente, sabemos que não é. Desafiamos a Ctbel a ir nas garagens das empresas Forte e Perpétuo Socorro e comprovar", criticou Amaral.

A audiência começou às 10h30, com mais de uma hora de atraso. Os visitantes foram recebidos na área aberta dentro do palácio Antônio Lemos, debaixo do sol forte de ontem. Faixas, tambores e cartazes não foram permitidos, mas havia estudantes com nariz de palhaço. Vários depoimentos e denúncias foram levados à coordenadora do programa Ama Belém, Duty Monteiro, do diretor de Transportes da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel), Paulo Serra, e do assessor de gabinete Ulisses Alves. Trabalhadores e usuários do transporte público falaram de ônibus quebrados e antigos, da falta de conforto e de manutenção e da sujeira. Os representantes da prefeitura apenas ouviram tudo e não assumiram nenhum compromisso com a melhoria do sistema. Ninguém do Setransbel compareceu e nem o prefeito Duciomar Costa.

Outros assuntos abordados na audiência foram o perdão da dívida de mais de R$ 80 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) das empresas, lei do ônibus de graça um domingo por mês, meia-passagem para estudantes de cursinhos e gratuidade para desempregados. Nada foi comentado sobre a PMB dar algum subsídio para o sistema de transportes ou criação do bilhete único.

A representante dos estudantes, Júlia Borges, que faz parte do grupo Coletivo Vamos à Luta, ressaltou que a prefeitura não cumpriu nenhum dos compromissos assumidos na reunião anterior, em 23 de março deste ano. "A prefeitura diz que está tudo bem, mas continuamos horas nas paradas esperando por ônibus quebrados e sujos. Querem nos obrigar a andar num transporte sucateado. Ficaram de apresentar um estudo sobre a qualidade e não concluíram", comentou.

Grupos de estudantes e sindicatos conseguiram garantir que, este ano, a Prefeitura de Belém (PMB) não vai aumentar a tarifa de ônibus. Esse foi o resultado de uma audiência pública realizada, na manhã de ontem, no palácio Antônio Lemos, sede da PMB. O palácio ficou lotado. Além de sepultar a possibilidade de reajuste, o Conselho Municipal de Transportes vai se reunir na próxima quinta-feira (5 de maio) para um novo estudo da planilha de custos do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), base para cálculo do preço da passagem, e disponibilizar o documento para o público. Também será montado um grupo de trabalho para avaliar a qualidade do serviço. Uma nova audiência foi marcada para o dia 12 de maio para discutir os resultados.


Estudantes conquistam congelamento da passagem em audiência

Mais de 400 pessoas ocuparam a sede da prefeitura de Belém para barrar o aumento da tarifa




Os estudantes de Belém realizaram uma poderosa mobilização na manhã dessa sexta-feira, 29/04, quando mais uma vez protestaram contra o aumento da passagem de ônibus e por transporte público de qualidade.







Saindo do Colégio Ulysses Guimarães, os secundaristas foram aos poucos tomando as ruas do centro da cidade, passando por outras escolas m obilizando, como no Deodoro de Mendonça e o Orlando Bittar. O ato foi reforçado mais ainda, quando na Avenida Presidente Vargas os estudantes da UNAMA chegaram num ônibus e os manifestantes seguiram em passeata até a prefeitura.





Chegando na sede do governo municipal, depois de muito pressionar, os estudantes conseguiram que a audiência acontecesse. A princípio os representantes da CTBEL e da prefeitura não queriam decidir nada e defenderam os argumentos das empresas de ônibus que falam que renovaram a frota e aumentaram o número de veículos circulando, argumentos que foram contundentemente desmentidos pelos representantes do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba (SINTRAM) e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais (SINTSEP-PA). Depois que os estudantes ameaçaram ocupar o prédio, a mesma cedeu e declarou que não haverá aumento da passagem até a próxima reunião do Conselho Municipal de Transportes, que acontece no dia 12/05.

O Coletivo Estudantil Vamos à Luta junto com o Grêmio UG e o DCE UNAMA entendem que estamos diante de um fato histórico em nossa cidade. Nunca antes a prefeitura havia recebido o movimento estudantil para tratar do transporte público. Até agora os empresários de ônibus não conseguiram aplicar o reajuste da tarifa para R$2,15 como pretendiam no mês de janeiro. A mobilização dos estudantes e trabalhadores tem sido decisiva para por em xeque mais esse ataque. Vai ser seguindo mobilizados que esse ano a população vai garantir que em 2011 não haja aumento da passagem em Belém e que esse processo seja um exemplo para que nos outros estados do Brasil se consiga barrar o aumento e seja garantido transporte público de qualidade. Vamos à Luta!

4/29/2011

Rodoviários mantêm greve para o dia 5

Rodoviários mantêm greve para o dia 5 (Foto: Paula Lourinho)
Reunião entre patronal e trabalhadores não acabou em acordo. (Foto: Paula Lourinho)
A falta de acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram) e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel) aumenta cada vez mais a possibilidade de greve na Região Metropolitana de Belém.
Após a última tentativa frustrada de negociação com os empresários, realizada em reunião na tarde de quinta-feira (28), os rodoviários mantêm a previsão de greve para o dia 5 de maio.
Segundo o presidente do Sintram, Márcio Amaral, todas as tentativas de negociação direta com a Setrans-Bel foram feitas, mas as principais reivindicações da categoria não foram atendidas. “Eles voltaram a dizer que não têm condições de dar o reajuste para os trabalhadores. Eles insistem em dizer que a tarifa de ônibus aqui é a menor do Brasil”, afirma Márcio, ao informar que o pedido de reajuste é de 12%.
Para ele, a justificativa dada aos rodoviários não convence, já que, segundo ele, o aumento cobrado nas passagens não é repassado aos salários dos trabalhadores. “Ano passado eles conseguiram um reajuste na tarifa de 17%, o que ficou acima do índice de inflação. Já o nosso salário aumentou apenas 5,54%”. (Diário do Pará)

4/26/2011

Rodoviários ameaçam parar frotas dia 5 de Maio

A intransigência dos representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel) frente às propostas apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram) é o principal motivo da greve que os rodoviários dos municípios devem iniciar no próximo dia 5 de maio. É o que alega o presidente do Sintram, Márcio Amaral.

Segundo ele, as dificuldades de negociar as cláusulas econômicas propostas pelos rodoviários é o principal indicativo para a paralisação, já que o pedido de reajuste salarial de 12% foi negado. “Eles não têm contraproposta. Eles não querem discutir nenhuma cláusula econômica enquanto não sair o índice de inflação”, afirma Márcio.

Dentre as propostas apresentadas pelos rodoviários na reunião que aconteceu na tarde de ontem (25), estavam a implantação de um plano de saúde e o aumento do vale alimentação de R$ 280 para R$ 350. “Em nenhum momento se cogitou a implantação disso (plano de saúde) porque é um custo insuportável. Vocês escolheram o pior momento para pedir isso”, justificava o advogado do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel), Mário Tostes. “O momento não permite que se faça nada além disso. Vamos esperar a divulgação dos índices (de inflação) para vermos o que se pode fazer”.

Além dessas propostas, os rodoviários ainda exigem um adicional de insalubridade de 30%, que também foi negado. “Tem uma pesquisa que aponta que a temperatura ambiente dentro dos ônibus é de 42 graus, sendo que o limite é de 30 graus. Por isso pedimos o adicional de insalubridade, mas eles negaram tudo”, afirma Márcio. “Este ano a nossa negociação está muito limitada”, justificava Tostes.

Diante das respostas negativas, o Sintram discute na próxima quarta-feira a possibilidade de greve. “Vamos fazer uma assembleia para discutir o indicativo de greve, mas é muito provável que haja paralisação por causa da intransigência deles em negociar as propostas”, afirma Márcio.

Segundo ele, no dia 28 de abril, os rodoviários de Ananindeua e Marituba já devem dar indícios da paralisação programada para o dia 5 de maio. “No dia 28 os rodoviários de Ananindeua vão rodar com o farol aceso já visando o cruzamento de braços na semana seguinte”.

Ao todo, 42 cláusulas foram apresentadas pelo Sintram ao SetransBel. Os sindicatos ainda devem se reunir nesta quinta-feira (28) para finalizar a discussão das propostas.
REIVINDICAÇÕES

Os rodoviários querem 12% de reajuste, plano de saúde, adicional de insabulibridade e aumento no vale-alimentação. Até agora, o sindicato das empresas negou todas as propostas, alegando que o custo seria insuportável.
(Diário do Pará)

4/24/2011

Rodoviários vão decidir sobre indicativo de greve na quarta


Os trabalhadores rodoviários de Ananinduea e Marituba vão deliberar se sua campanha salarial irá a greve nessa quarta-feira, 27/04. Esse ano a data-base da categoria já começou, mas nada até agora foi acordado até aqui nas reuniões ocorridas entre o Sindicato da categoria (SINTRAM) e os representantes da patronal. No último dia 16/03, os rodoviários realizaram uma paralisação de advertência na linha Cidade Nova 6 da empresa Viação Forte.

De acordo com o presidente da entidade, Márcio Amaral, as reuniões vem demonstrando que a patronal não quer negociar nada com os rodoviários. Temos questões urgentes para resolver como o plano de saúde e a insalubridade que não recebemos. O salário de um motorista hoje é de R$ 1.097,00 e como apatronal não teve aumento da passagem, querem agora empurrar a conta pra cima dos trabalhadores. Não vamos deixar, afirmou o sindicalista.

Antes da próxima assembléia, está marcada para segunda-feira, 18/04, uma nova reunião com os representantes das empresas. "Esperamos que a patronal não faça como na primeira reunião, onde sequer queriam sentar pra ouvir nossas pautas, sem assim for, nossa categoria decidirá pela greve", conclui Márcio. 

Mais informações:

Márcio Amaral 8708 3849
Reginaldo Cordeiro 8218 6142