Edição de 19/08/2010
AMEAÇAS - Sindicalistas falam que motoristas são obrigados a virar serviço cansados
Funcionários da empresa de transportes coletivos urbanos de Marituba/ Belém Autoviária Paraense Ltda. reivindicam seus direitos, que eles afirmam estarem sendo violados pela empresa. Reginaldo Cordeiro, diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Empresas de Transportes de Passageiros nos Municípios de Ananindeua e Marituba (Sintram) Pará, disse que os cobradores e motoristas são obrigados a virar o serviço. O não cumprimento lhes torna alvos de retaliações e até demissão.
"Segunda-feira mesmo um colega foi demitido, porque não conseguiu cumprir as sete horas que a empresa o escalou para fazer no domingo; ele passou mal no final com cinco horas e duas ele não cumpriu. No dia seguinte foi mandado embora", denuncia o sindicalista. Ele conta que a empresa utiliza artifícios de repressão para obrigar os funcionários a cumprir as horas extras. "Eles mudam de turno e transferem se a pessoa se recusar a virar serviço", afirma. Reginaldo diz mais, que as horas não são pagas em folha, e que o trabalho é pago em uma folha à parte não contando assim para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
O representante do Sintram disse que já entrou com recurso no Ministério Público pela terceira vez, mas o órgão ainda não deu deferimento. No texto do documento, Reginaldo reescreveu a frase da proprietária da empresa que ele identifica apenas como D. Michele: "Eu quero ver quem é que vai impedir as viradas na minha empresa, se vocês insistirem eu vou botar a Rotam em cima de vocês; é só eu chamar! E vamos ver quem pode mais". De acordo com a descrição do texto, a frase foi dita em tom de grosseria em reunião, proposta pelo sindicato, com a proprietária, para solucionar o problema.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a empresa, mas, não obteve êxito.
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