Terça-Feira, 27/03/2012
(Foto: Bruno Carachesti)
A
linha de micro-ônibus Paar-Ceasa entra no segundo dia de paralisação. São 16
veículos parados e aproximadamente 10 mil pessoas sem transporte. O Sindicato
dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram) reivindica
melhores condições de trabalho e garante que a linha só volta a circular após a
negociação com a empresa, a Fênix Transportes.
Seis
micro-ônibus já estavam parados para manutenção na garagem, os outros 10
rodaram até o final da linha, de onde não saíram mais. A paralisação teve
início às 10h30 de ontem.
Segundo
o presidente do sindicato, Marcio Amaral, a maioria dos quase 50 funcionários
está em situação irregular. “Metade dos rodoviários está sem a carteira
profissional assinada. O FGTS e INSS estão atrasados, o vale alimentação também
está atrasado e os salários estão sendo pagos em forma de diária, sem
contracheque”.
Mesmo
com anos de funcionamento, o final da linha não tem estrutura para receber os
rodoviários, segundo o presidente. “Tem bebedouro, mas não tem água e, além
disso, não tem banheiro. É só uma guarita de madeira”.
AUDIÊNCIA
Segundo
o advogado do Sintram, Denis Vale, a empresa se comprometeu a regularizar a
situação há anos e ainda não o fez. “Tivemos uma audiência, em novembro de
2010, e eles se comprometeram a resolver essas pendências”, diz, mostrando o
documento assinado por um representante da Fênix Transportes.
De
acordo com o gerente da Fênix Transportes, Marcos Sodré, o diretor da empresa
disse que só poderá negociar com os rodoviários na próxima sexta-feira por
problemas pessoais. “Eu só peço que eles tenham bom senso. Se já esperaram um
ano, podem esperar mais cinco dias”, aconselha.
Segundo
ele, todas as carteiras de trabalho estão assinadas e a forma de pagamento foi
uma escolha dos funcionários. “Receber todo dia foi opção deles. O vale
parcelado foi opção deles, mas se tem um ou dois insatisfeitos a gente vai
mudar”, garante. Sobre a estrutura da guarita do final da linha, ele afirma que
há uma negociação para conseguir um espaço maior para os rodoviários. “A gente
já está negociando um terreno aqui para poder construir algo melhor para os funcionários”,
defende.
(Diário
do Pará)
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